...e por fim, li o que Werther escreveu a Charlotte, era uma carta imaginária, com toda a certeza, mas não deixa de ser cruel acreditar que podia ser obra da realidade.
Hoje, mais uma vez, fiquei sentado a contemplar o teu olhar, a tua presença, a tua distância aparente... fiquei ausente do Mundo, ausente do ambiente que me rodeava, estava apenas ali, concentrado no que me faria respirar o suficiente para viver a vida toda.
Mais tarde, foste andando, como se nada existisse deste lado do Mundo, e eu, gravei infinitas vezes o melhor beijo que me podias oferecer.(...)
Aqui está, perante mim e perante a luz que o ilumina, o desejo secreto de repetir infinitamente aquela noite em que senti que me querias ao teu lado para sempre.
Não sei se foi uma mentira inventada pela minha ousada imaginação, mas creio que criaria outra ilusão que não fosse ditada pelo perigo que correste em estar nos meus braços pela noite dentro.
Arriscaste mais que nunca, e isso, foi o melhor sinal que me podias dar.
(29/07/2011)
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